Jornal nº 2

Capa Nº 2 Março de 1968
Cantinho do nosso Soldado

Sensibilizou-nos deveras o carinho com que foi recebido o nosso apelo a favor do Natal dos nossos Soldados, pois de toda a parte vieram ofertas que suplantaram em muito a nossa expectativa. Louvado seja Deus.
Estas ofertas são a tradução viva do muito apreço em que por todos é tido o nosso Soldado e também a melhor prova de gratidão pelo muito que todos lhe devemos.
A ninguém é indiferente a soma de sacrifício que a Pátria lhe exige, por isso nunca é demais tudo o que fizermos para lhe mendigar essa tormenta e estimular o seu abnegado heroísmo.
Mais do que os pequenos presentes que lhes enviamos (figos, amêndoas, aguardente, “Cruzadas”, “Clarins” e o nosso Jornal) valerão de certo as nossas orações que não deixamos de dirigir ao Altíssimo, para que nos dê a Paz e os nossos soldados possam voltar são e salvos para junto das suas famílias.

Página nº 6
28 Janeiro 1968

Quem não conhecia a Senhora Maria Felicidade, de Fonte Arez, que sempre que se aproximava de nós, nos dizia no seu costumado ar prazenteiro: “ Muito estimo em vos ver.”
E à despedida, se lhes mandavam saudades para a família, era certa a sua resposta característica: “Serão dadas e estimadas, e receberão novas vossas.”
Faleceu no hospital, ao fim de 59 dias de horrível martírio.
Partira o pescoço da queda dum burro e esteve imobilizada num aparelho, sofrendo tudo resignadamente, sempre na esperança de voltar curada para casa, onde o marido paralítico e o filho doente mental, tanto precisavam da sua assistência. (…)
O seu funeral foi uma verdadeira manifestação de pesar justa glorificação de tão heróica resistência à dor. (…)

02 de Fevereiro de 1968
A velhota Chica ( Francisca Maria ) era uma simpática anciã, com mais de 80 anos, que morava na rua da Igreja.
Muito curvadinha e amparada ao seu bordanito, lencinho e chapéu na cabeça, andou de pé até morrer. Sempre muito humilde, mas bem criada, nunca a sua boca se abriu para falar mal de ninguém, nem para se lamentar. Sofreu muitas privações, mas sempre resignada com a sua sorte.
Poucos souberam da sua morte, porque isso aconteceu de noite, mas, no outro dia, o Povo em peso a acompanhou à sua última morada, numa manifestação espontânea de sincera homenagem àquela modesta e longa vida que se extinguira . (…)

Constituição do Grupo dos Amigos de Alte
Constança Ramos Vieira
Adelina Guerreiro Cifuentes
Antónia do Carmo Provisório
Constança Alves Botão
Maria Madeira Guerreiro Madeira
Maria Dionísio Guerreiro
Manuela Guerreiro Paraíso
Julieta Nunes Guerreiro
Marieta Ramos Madeira
Maria de Lurdes da Palma Madeira
Diana Vitória Santos S. Nascimento
Albertina de S. da Palma Madeira
Maria Isabel Santos Duarte
Amadeu Pedro da Cruz
José Cavaco Vieira
João Afonso Madeira
José dos Santos Duarte
Morais dos Santos Duarte
Luís da Palma Madeira
Plácido S. Vieira

…..o jornal começou com 500 exemplares de 5 folhas e presentemente fazemos 900 com 7 folhas.(…) o preço do correio aumentou (…) a despesa actual é maior……

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