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A mostrar mensagens de abril, 2009
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QUE VIVA ABRIL ! A Revolução de Abril pôs fim à ditadura fascista e à guerra colonial, restituiu a liberdade aos portugueses, consagrou direitos essenciais dos trabalhadores e dos cidadãos, promoveu mudanças positivas nos valores e mentalidades, impulsionou transformações económicas e sociais progressistas, abriu caminho à construção de um Portugal democrático. A política de direita conduzida por sucessivos governos conduziu à destruição sistemática de grandes conquistas de Abril como as nacionalizações e a reforma agrária, recuperou o domínio económico e político do grande capital, enfraqueceu a soberania e a independência nacionais e de novo acentuou desigualdades e injustiças sociais. Mas os grandes valores da Revolução de Abril criaram profundas raízes na sociedade portuguesa e continuam a inspirar a luta dos trabalhadores e de todos os cidadãos que acreditam que é possível e necessária uma sociedade mais participada, mais justa e mais democrática. Celebrar hoje os 35 anos da Revol

Os cães são umas vitimas

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Gostem ou não! Todos os dias, vem nos jornais, casos de bebés e outras crianças que gritam quando se deparam com um cão em casa ou na rua! Como é possível! Temos de cuidar dos nossos cães, eles coitados, cheios de “Stress”, claro um cão não é de ferro, tem de morder! -“Qué” lá isso! Os “gajos” lá de casa não me gritam, e estes “fedelhos” olham para mim, e gritam com medo! E.. depois vêm estes moralistas da raiva dizer que ; o cão mordeu, o cão é perigoso. Lembram-se da "coutada do macho lusitano"? Há uns anos, um juiz português desculpou assim um violador porque a vítima, turista estrangeira, andava de mini-saia. Provocou, estava a pedi-las... A história de hoje demonstra que a tolice não é exclusiva de alguns magistrados. Em Sintra, uma menina de dois anos foi mordida por um rottweiller, em casa da ama. O filho da ama (apesar da frase que se segue, adulto) desculpou o macho lusitano de raça rottweiler porque este fica nervoso quando ouve gritos: "O Boris fica muito i

As crianças, Senhor...

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A sociedade portuguesa perdeu, há muito, a noção de valores e tripudiou sobre as regras de convivência. Lenta mas inexorável uma endemia de dissolução alastrou, de tal forma, que põe em causa a própria razão do ser individual. Abandonámos um conceito de destino e desinteressámo-nos da ideia de futuro, se alguma vez a ambos tivemos (…) Meio século de cantochão, bota cardada, medos vários, foram as insígnias das nossas obediências. No Abril antigo, o bandolim pareceu tocar a nossa música. (…), andámos a lavar as ruas, a oferecer à pátria um dia de salário e a gritar um estribilho que fora funesto no Chile: "O povo unido jamais será vencido!" Pois sim! Fui um daqueles que deitou foguetes . E ainda me resta uma pequena fagulha, apesar de o desemprego correr a galope, de os nossos velhos morrerem nos jardins , e de termos atingido, agora, a abjecção com o que fazemos aos nossos miúdos: abandonamo-los, enchemo-los de miséria, de fome e de morte por extinção moral. Anteontem, os jor

O Regime e os mortos na Guerra

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Assim eram tratados os nossos militares mortos na Guerra em África Os mortos não regressavam O Telegrama era o meio para as chefias militares anunciarem a morte de um militar à sua família. A notícia era ainda acompanhada pela informação de que a família tinha um prazo de vinte e quatro horas para depositar a quantia entre 7.500$00 e 12.000$00, consoante o território, para que o corpo do falecido fosse enviado para Portugal, para aqui ser enterrado. Doze mil escudos eram em 1967, cerca de duas vezes e meia o salário base de um capitão. O Estado Português só pagava a ida e o regresso aos militares vivos, mas não o regresso dos seus mortos. Em 2 de Março de 1967, por despacho do ministro do Exército, foi tomada a decisão de regular esta situação. Na marinha essa decisão só foi tomada em 1969. O Estado Português reconheceu que os militares mortos na guerra em África, mesmo mortos eram militares portugueses! JV

Continuar Abril

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O 25 de Abril tornou-se, o dia a dia. É a liberdade de cada dia . Mesmo para aqueles que não sabem o que foi o 25 de Abril. Ou para aqueles que não gostam dele e o caluniam. Ou para os que, sem o pôr frontalmente em causa, tudo fazem para que pouco a pouco seja esquecido, minimizado ou deturpado. Por isso, todos aqueles que fazem de conta que hoje é um dia como os outros estão, sem o saber, a comemorar o 25 de Abril. Todos aqueles que hoje disserem mal da revolução dos cravos estão, sem querer, a prestar uma homenagem ao 25 de Abril. Porque foi o 25 de Abril que restituiu a todos os portugueses, mesmo àqueles que são contra ele, o direito de viver sem medo, de falar sem medo e, sobretudo, a liberdade de discordar sem medo. O 25 de Abril, apesar de ser a matriz fundadora do regime democrático, não só não construiu a sua própria mitologia, como ao sol da sua liberdade tem sido possível falsear a História, branquear o passado e promover, contra a cultura da memória, a cultura do esquecim

Regresso às memórias

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Para que as gerações vindouras saibam o que foi a repressão, violência, privação da liberdade e assassinatos em Portugal até ao dia 25 de Abril de 1974! Para aqueles que deambulam na Democracia, homens com actual sucesso financeiro, pessoal e com cargos de poder, que se saiba dos seus compromissos e cumplicidades e actividades no regime fascista, através da cooperação com a polícia, com os seus compromissos políticos e a sua intervenção nos Tribunais políticos Plenários! À memória das atrocidades cometidas em meio século, ás famílias desfeitas, aos imigrantes que para evitar serem mortos numa guerra colonial fascista de opressão á independência Africana, foram perseguidos a monte pela P.I.D.E. para evitar que no estrangeiro fossem homens livres, Falar do 25 de Abril , comemorar o 25 de Abril, é não esquecer o Movimento das Forças Armadas, grupo de militares abnegados que nos responsabilizaram pela LIBERDADE entregue naquela manhã de Abril. 35 anos estão passados, mas ainda falta cumpri

Ordenação de mulheres

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O significado das palavras de D. Januário O bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, sugeriu na quarta-feira na RTP a possibilidade de a Igreja Católica abrir as portas à ordenação de mulheres. "Não me repugna que uma senhora seja sacerdotisa", afirmou o prelado. Esta é mais uma declaração pública de um responsável de topo da hierarquia da Igreja Católica portuguesa que surge ao arrepio das orientações da Santa Sé. Sendo verdade que, e a Igreja reconhece-o, existe uma crise de vocações, sobretudo no hemisfério norte do planeta, esta pode ter sido a formulação pública de uma sugestão para combater a falta de padres. Mas, por ora, não é mais do que uma posição individual de um responsável católico. A ordenação de mulheres, tal como a possibilidade de os padres se casarem, não são dogmas de fé e, por isso, hão-de ser questões em permanente debate no interior da Igreja Católica. A posição assumida por D. Januário pode, pois, ser um sinal de que, após mais de 1500

A religião e a crise económica

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Raramente se terão utilizado tanto como agora termos essencialmente religiosos. Repare-se. O que faz falta? Crédito. O que é preciso estimular? A confiança. Precisamente confiança vem do latim fides, que dá fé, fiar-se de, confiar em. O crente é aquele que tem fé, que confia, que se entrega confiadamente a Deus. (…). No domínio religioso, crer e acreditar significam entregar-se a Deus com confiança. A pergunta é: e Deus tem crédito, merece o nosso crédito? Uns acham que sim e outros que não. De tal modo que uns acreditam e outro não. Porque é preciso dar razões, justificações para crer. Como os bancos não concedem crédito, quando não há confiança. Os crentes religiosos são frequentemente acusados de apenas se interessarem pelo Além feliz (…) Mas isso não é verdade, concretamente quando se fala do cristianismo. Quem lê os Evangelhos com olhos de ver, constatará que Jesus não começou por pregar esse Além feliz. Anunciou o Reino de Deus, que, traduzido em linguagem compreensível, é, pelo