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Bragança

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Quem visita Bragança pela primeira vez, sente que não viu tudo... e promete voltar!

Aconteceu Abril

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A restauração da liberdade de expressão, essencial para a construção da democracia, constitui uma das conquistas fundamentais do 25 de Abril. Portugal «Pátria de censores» A Censura é equiparável à PIDE/DGS como suporte do regime. Na opinião de Mário Soares , foi a «arma mais temível de Salazar…». Na mesma altura acrescenta: Sem Censura, o Salazarismo não duraria um mês – e o ditador sabia-o: por isso nunca se atreveu a dotar o país com uma lei de Imprensa. Dois exemplos elucidam o farejar dos censores: No Diário Popular , (17/11/65) o número de anos do presidente (76) (cortado) No mesmo jornal , ( 28/4/68): «Aniversário do presidente do Conselho. Não dizer que completou 79 anos. (cortado) Salazar não podia envelhecer. Um director do Diário de Lisboa conta que determinada agência noticiosa «forneceu um telegrama em que se informava que num certo país (a URSS) […] a temperatura tinha atingido 45 graus negativos». Como a Censura tivesse cortado a notícia, o director permitiu-se pergu

E Fez-se Abril!

E fez-se Abril; no tempo, na vontade e no passado distante. Saúdo esse Abril que libertou das masmorras tenebrosas os presos políticos que se encontravam nas prisões de: de Caxias, Peniche e Tarrafal. Saúdo o Abril que pôs fim à guerra nas ex-colónias; Angola, Moçambique e Guiné, agora países independentes e soberanos. Saúdo o Abril que deu voz ao Povo oprimido na sua forma mais elementar das democracias que é o VOTO LIVRE, o poder escolher livremente os melhores, os mais capazes para nos governarem; Presidente da República, Assembleia da República, Autarquias e outros órgãos de soberania. Mas luto ainda, pelo Abril que brotou na madrugado do Abril de 74. “Zero horas e 20 minutos da madrugada do dia 25, no programa «Limite» da Rádio Renascença, o locutor Leite de Vasconcelos anuncia:” Grândola Vila Morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti ò cidade Não foi este o Abril que abriu as portas aos corruptos! “Foram aqueles que guardaram o Socialismo na gaveta”, “Fo

E Fez-se Abril!

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E fez-se Abril! Liberdade ! A liberdade é das tais coisas que só se aprecia quando se não tem. Quando se tem nem se dá por ela, é como o ar que se respira, ou a água que se bebe….O que dá mesmo jeito é quando calha próximo do fim-de-semana e se pode fazer ponte! Para se entender o “salto” para a Liberdade; É a medo que escrevo. A medo penso. A medo sofro e empreendo e calo. A medo peso os termos quando falo. A medo me renego, me convenço. A medo guardo confissão, segredo. Dúvida, fé. A medo. A medo tudo. Que já me querem cego, surdo, mudo. José Cutileiro «Os Medos», Versos da Mão Esquerda, 1961 Não existia liberdade no regime que vigorou em Portugal entre 1926 e 1974. À força do medo (e do hábito) havia tabus e proibições no dia a dia que impediam de dizer e de fazer muitas e muitas coisas. É que o medo que se vivia, «acabava por meter tudo na Ordem, na indispensável Ordem do musgo e do bafio», dizia José Gomes Ferreira.

E Fez-se Abril!

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Ao regime autoritário junta-se a prática colonial, isto é a violência directa e sem restrições . Em Angola, Moçambique e Guiné Portuguesa (nome oficial da colónia antes da independência), os autóctones são esmagados na sua dignidade humana e profissional com o « Estatuto do "Indígena » e o « Código do Trabalho Indígena Rural ». O «Estatuto» recusa a cidadania portuguesa à grande maioria da população, que é considerada indígina; o «Código» aponta para uma forma matizada de escravatura, criando legiões de «contratados» sujeitos a trabalho forçado, a uma sureexploração neo-esclavagista. (continua)

E Fez-se Abril!

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E fez-se Abril! Liberdade! A liberdade é das tais coisas que só se aprecia quando se não tem. Quando se tem nem se dá por ela, é como o ar que se respira, ou a água que se bebe….O que dá mesmo jeito é quando calha próximo do fim-de-semana e se pode fazer ponte! Para se entender o “salto” para a Liberdade; É a medo que escrevo. A medo penso. A medo sofro e empreendo e calo. A medo peso os termos quando falo. A medo me renego, me convenço. A medo guardo confissão, segredo. Dúvida, fé. A medo. A medo tudo. Que já me querem cego, surdo, mudo. José Cutileiro «Os Medos», Versos da Mão Esquerda, 1961 Não existia liberdade no regime que vigorou em Portugal entre 1926 e 1974. À força do medo (e do hábito) havia tabus e proibições no dia a dia que impediam de dizer e de fazer muitas e muitas coisas. É que o medo que se vivia, «acabava por meter tudo na Ordem, na indispensável Ordem do musgo e do bafio» , dizia José Gomes Ferreira.