Visita Minas de Sal-Gema Loulé












Características das minas Campina de Cima
As minas Sal-Gema Campina de Cima localizam-se no extremo Este da cidade de Loulé, sendo que os acessos ao seu interior se realizam a partir de dois poços verticais, situados num parque mineiro de cerca de 4 hectares. O volume total da escavação é superior a 1575 000 m3.

Com ausência de água de aquífero, no interior, as minas sal-gema Campina de Cima têm temperaturas quase constantes, que variam entre os 23ºC e os 24ºC, durante o Inverno e Verão. Estas minas possuem galerias e câmaras com secção média de 4,5 metros de altura, 10 metros de largura. Os trabalhos são desenvolvidos numa área superior a 130 hectares, em dois níveis, perfazendo mais de 35 km de túneis escavados em 44 anos de exploração.

As minas sal-gema Campina de Cima têm actividade extractiva. Segundo o director Técnico, a mina está preparada para extrair minério para mais 52 anos, contabilizando 120 mil toneladas por ano. A extracção é usada para diversos fins. “É possível sustentarmos a mina em termos de operação sal para alimentação animal e a parte de agricultura para a ensilagem

A maior parte do que é extraído é para exportação.

Falemos agora da nossa visita…A Junta de Freguesia de Alte convidou as pessoas da freguesia a inscreverem-se para uma visita às Minas Sal-Gema, inicialmente prevista para 24 pessoas mas que pelo interesse demonstrado, foi alargada para 48 visitantes.
Durante a viagem em autocarro da Câmara, o “pessoal” demonstrava boa disposição e uma alegria contagiante.

Chegámos ao local e logo nos “ofereceram” um boné e touca de mineiro, risada geral, toucas enfiadas na cabeça, as figuras eram cómicas.
Acompanhados pelas guias dirigimo-nos para uma das duas entradas da mina.
Mau! Dois cabos grossos, seriam suficientemente fortes! Seguravam uma pequena jaula, onde fomos colocados em grupos de 6, e bem apertadinhos, espalmados alguns, até os gordos pareciam magros.
As pessoas faziam as perguntas da ocasião!
- Quantos são metros até lá abaixo? Quanto tempo? Isto não cai?, ai. ai…Primeiro grupo de 6 inicia a descida , Truz! Trau! A jaula ao passar por duas molas dava origem aquele barulho que até as unhas dos pés sentiram. A Guia sossegou-nos a todos. – Isto não cai! barulho normal! são apenas 3 minutos para 230 metros As perguntas à guia iam-se sucedendo conforme os grupos iam descendo para o patamar, onde os primeiros esperavam, formando um grupo de 10 iniciando agora a visita à mina.

Escuridão quase total na descida, algum frio.
Uma vez chegados lá em baixo, a pergunta é: onde está o sal? Em todo lado. Espectacular, paredes, tectos, chão, tudo é sal. Não sal branco como o do saleiro, mas com um aspecto rosado devido a impurezas, mas que é salgado é, basta lamber …
Curioso é que não há a sensação de claustrofobia, pois as dimensões das galerias não o permitem, elas vão de 5 a 9 m de largura e têm 4,5 m de altura, Por outro lado, os ventiladores providenciam ar para tudo isto – na boa.
Percorremos vários corredores, vimos algumas projecções de pequenas imagens, passámos por uma área onde estava patente uma exposição de objectos diversos, vimos algumas máquinas já obsoletas, pena foi…..não vimos movimento, faltou a extracção do sal, o remexer nas paredes de brocas ou serras próprias.
Ficou à quem da expectativa criada, mas valeu a pena! Uma tarde bem passada, o regresso a Alte fez-se dentro do mesmo espírito, companheirismo e alegria.
Aos autarcas o nosso agradecimento.
José Vitório

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